Teoria da eliminação

Autores

Ecoscience: Population, Resources, Environment. Paul R. Ehrlich, Anne H. Ehrlich, John P. Holdren

“Presumivelmente, a maioria das pessoas concorda que o único meio de atingir estes objetivos em um nível mundial é através da taxa de natalidade.

A alternativa a isso é permitir o aumento da taxa de mortalidade, o que naturalmente vai acontecer caso a humanidade não optar racionalmente por reduzir a sua taxa de natalidade a tempo”

Em 1968, Paul R. Ehrlich deixou militantes de esquerda e direita horrorizados com o livro Population Bomb. Os de esquerda o acusavam de nazismo por querer matar metade da população pobre e os de direita por violar os direitos individuais e desvalorizar a vida humana.

Mais tarde, em 1977, publicou junto de outros dois autores, o livroEcosciencie: population, ressources, environment, que trazia a mesma idéia de controle populacional mas com um maior aporte científico e apoio de cientistas ainda mais engajados na causa ecológica. Não é preciso dizer que suas idéias ganharam apoio generalizado na mídia e comunidade científica ao acrescentar as ocorrências então inequívocas de desastres ambientais confrontados com o eminente problema do buraco na camada de ozônio.

A partir daí a causa ecológica ganhou um impulso a mais e já unia-se com os militantes do controle populacional que aliciavam as Nações Unidas para incluir a meta na sua agenda.

É bom lembrar que a origem do controle de natalidade é anterior e está ligada à conquista do direito ao aborto por Margareth Sanger (1879-1966) e, portanto, às idéias eugenistas e evolucionistas nas quais os nascimentos de pessoas consideradas mais aptas era preferível optando-se pelo aborto e esterelização em massa em populações pobres e consideradas geneticamente inferiores. Após a Segunda Guerra Mundial, porém, essa retórica eugenista passou a ser mal vista por motivos óbvios.

Mas no barco da ecologia, nas décadas seguintes, o controle populacional voltou ao debate público, agora com a desculpa do fim dos recursos naturais, outra teoria nunca comprovada pela comunidade científica, mas que traz consigo a cativante proposta da salvação da humanidade. O fato real é que em nome dessa pretensa escassêz futura, muitas populações estão sendo privadas hoje desses recursos e obrigadas a integrar-se a agendas que demandam consideráveis restrições econômicas. Países da África são ameaçados de terem suas ajudas internacionais cortadas se não aderirem a programas de esterelização e descriminalização do aborto.

O livro Ecoscience: population, ressorces, enviroment, é um verdadeiro clássico do ambientalismo. Nele é sugerido que a melhor solução para a escasses de recursos é a diminuição da taxa de crescimento da população. Como primeira e mais relevante medida, os autores sugerem a limitação da taxa de natalidade, o que deve ser implementado por meio de campanhas de planejamento familiar, legalização do aborto e estímulo de uso de contraceptivos, ou seja, uma conscientização para o voluntarismo em prol dessa causa. A segunda alternativa, caso a população não opte voluntariamente pela diminuição da taxa de natalidade, os autores explicam:

“Presumivelmente, a maioria das pessoas concorda que o único meio de atingir estes objetivos em um nível mundial é através da taxa de natalidade. A alternativa a isso é permitir o aumento da taxa de mortalidade, o que naturalmente vai acontecer caso a humanidade não optar racionalmente por reduzir a sua taxa de natalidade a tempo”1. 

Sabe-se, entretanto, que programas de esterização em massa já foram desmascarados em vários países, todos com a participação de órgãos das Nações Unidas como Unicef, Unesco, etc, cooperados com instituições locais ligadas a governos e organizações não-governamentais. Estes programas ficaram de fora dos noticiários por serem considerados “teorias da conspiração” ou teses paranóicas que careciam de evidências. De fato alguns destes casos não passaram de suspeitas devido à inacessibilidade dos dados e recursos utilizados pelas instituições em jogo. Outros casos foram amplamente divulgados e desmascarados, mas a mídia internacional isolou-os dentro dos limites das imprensas locais, não deixando que fossem conhecidos do restante do mundo.

Graças à participação de intelectuais como Ehrlich dentro das Nações Unidas, principalmente em instituições ligadas à educação e cultura como a Unesco, nossos jovens e crianças estão sendo educados com o pressuposto de que a humanidade é a causadora dos grandes males terrestres. O controle populacional passa a ser, logo logo, o consenso entre a população que irá trabalhar para a sua própria auto-destruição.

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